A Nova Granada

A dependência administrativa de Lima encerrou-se com a criação do vice-reino de Nova Granada, vigente primeiro durante um breve período, de 1717 a 1723, e depois, definitivamente, a partir de 1740. O vice-rei, estabelecido em Bogotá, tinha autoridade sobre a Venezuela, o Equador e o Panamá, assim como a Colômbia. A superveniência do novo status político representou o início de uma nova era. Nas décadas seguintes, a coroa espanhola procurou fortalecer o império mediante maior centralização da administração e desenvolvimento do comércio. A população aumentou e começou a consolidar-se uma nova classe social com crescente poder: a dos criollos, descendentes de espanhóis nascidos na colônia.
De 1785 a 1810, os criollos de Nova Granada não ofereceram resistência às reformas políticas e econômicas. Assim, no levante dos Comuneros (1781), os socorrenses opuseram-se às reformas, mas em 1809 propuseram medidas favoráveis ao sistema de livre comércio e à abolição da escravatura. As reformas educacionais desempenharam papel de relevo nessa modificação de perspectiva dos granadinos. Como vice-rei, o arcebispo Caballero y Góngora (1782-1788) concentrou-se principalmente na educação, modernizando os currículos e criando uma escola de minas. Nova Granada permaneceu como vice-reinado da Espanha até a batalha de Bocayá (1819), durante as guerras de independência da América do Sul espanhola, quando, junto com a Venezuela, recebeu de Simón Bolívar o nome de Estados Unidos da Colômbia.


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